Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/19

Alcobaça

S.A. Marionetas partilha o espírito da Batalha de Aljubarrota junto da comunidade escolar

Cartaz

Nos dias 16 e 17 de dezembro, a multipremiada companhia alcobacense S. A. Marionetas apresenta a peça “Aljubarrota 1385 – A Batalha”, um espetáculo que procura explicar à comunidade escolar a importância histórica e fundacional da Batalha de Aljubarrota, vencida pelos portugueses contra os exércitos castelhanos a 14 de agosto de 1385.

O espetáculo será apresentado no Centro Escolar de Alcobaça, a 16 de dezembro, enquanto que, no dia seguinte, será a vez da EB1 de Alfeizerão e do Centro Escolar da Benedita.

A peça integra o projeto “Rede Cultural – Aljubarrota 1385”, uma parceria entre os Municípios de Alcobaça, Batalha e Porto de Mós, com financiamento aprovado no âmbito da candidatura “Programação Cultural em Rede” do Programa Operacional Regional (POR) do Centro – CENTRO 2020.

“O simbolismo da Batalha de Aljubarrota tem uma dimensão nacional que extravasa claramente o âmbito regional que envolve os três municípios parceiros desta candidatura. Pela sua importância histórica, este marco da afirmação da nacionalidade é a peça central de todo o trabalho que esta rede está a desenvolver, levando, neste caso, a mensagem de Aljubarrota às escolas. Uma mensagem de esperança e de resiliência, tão essencial nos dias que correm”, afirma o presidente da Câmara Municipal, Hermínio Rodrigues.

      Sinopse

Com a morte do rei D. Fernando em 1383, o Tratado de Salvaterra de Magos, celebrado em abril desse ano entre a Rainha D. Leonor Teles, o Conde João Andeiro e o Rei de Castela, estabelece que a Coroa de Portugal passaria a pertencer aos descendentes do Rei de Castela, D. Juan I, passando a capital do Reino para Toledo. O Reino de Castela iria inevitavelmente dominar Portugal.

A situação provoca mal-estar e não agrada à maioria da população portuguesa. D. Leonor Teles, e os seus aliados defendiam uma solução política para Portugal, não só discutível legalmente, como claramente do desagrado da grande maioria da população portuguesa. Em face desta circunstância, a população de Lisboa proclama D. João, Mestre de Avis, meio irmão de D. Fernando, como “regedor, governador e defensor do reino”. Perante esta revolta do povo, o Rei de Castela, em 1384, entra em Portugal.

Entre fevereiro e outubro monta um cerco a Lisboa, por terra e por mar, com o apoio da frota castelhana. O cerco não resulta, não só pela determinação das forças portuguesas, mas também por Lisboa estar bem murada e defendida. Afastados momentaneamente os combates com Castela, os partidários do Mestre avançaram para a batalha política.

Reúnem-se entre março e abril de 1385 as Cortes de Coimbra, que proclamam o Mestre de Avis como Rei de Portugal. Perante esta situação em 8 de julho de 1385 D. Juan I invade novamente Portugal, por Almeida, com um numeroso exército de 40.000 homens, seguindo depois por Trancoso, Celorico da Beira, Coimbra, Soure e Leiria. A esquadra castelhana havia, entretanto, cercado Lisboa por mar, desde abril desse ano. O exército português, comandado por Nuno Álvares Pereira, tinha-se colocado em posição de combate. A Batalha tinha-se tornado praticamente inevitável.

No dia 14 de agosto, logo pela manhã, o exército de D. João Mestre de Avis ocupa uma posição fortíssima no terreno, escolhido na véspera por Nuno Álvares Pereira. No campo de batalha, as baixas portuguesas foram cerca de 1.000 mortos, enquanto no exército castelhano se situaram em aproximadamente 4.000 mortos e 5.000 prisioneiros.

O cumprimento de uma promessa feita por D. João I Mestre de Avis, em agradecimento pela vitória em Aljubarrota, que lhe assegurou o trono e garantiu a independência de Portugal, resultou na excecional edificação do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também designado Mosteiro da Batalha que é, indiscutivelmente, uma das mais belas obras da arquitetura portuguesa e europeia.

Para Portugal, esta batalha, ocorrida no planalto de S. Jorge a dia 14 de agosto de 1385, constituiu um dos acontecimentos mais decisivos da sua História, que impediu o pequeno reino português ser absorvido para sempre pelo poderoso vizinho castelhano. A vitória portuguesa em Aljubarrota permitiu também a preparação daquela que seria a época mais brilhante da história nacional – a época dos Descobrimentos – que, de outra forma, pura e simplesmente não teria ocorrido.

      Sobre a Rede Cultural Aljubarrota 1385

Apresentada em agosto de 2020, aquando das Comemorações dos 635 anos da Batalha de Aljubarrota, a candidatura conjunta dos municípios de Alcobaça, Batalha e Porto de Mós para concretizar o projeto “Rede Cultural – Aljubarrota 1385” foi recentemente aprovada pelo POR Centro – Centro 2020.

Liderada por Alcobaça, esta iniciativa concretiza uma ação em rede sob a designação “Programação Cultural em Rede” do CENTRO 2020, que concede apoios financeiros aos investimentos que visem promover a dinamização, promoção e desenvolvimento do património cultural, enquanto instrumento de diferenciação e competitividade dos territórios designadamente através da sua qualificação e valorização turística.

Tem como parceiros a companhia S.A. Marionetas – Teatro & Bonecos (S.A. Marionetas), de Alcobaça, na qualidade de copromotor e a Fundação Batalha de Aljubarrota, enquanto parceiro institucional.

O projeto, no seu global, representa um investimento total de 299.961,00€, um investimento elegível de €280.561,00, a que correspondente uma comparticipação FEDER de 100%, de 280.561,00€, tendo como período de realização das ações previsto entre abril de 2021 e julho de 2022.

      Fonte: GRPP|CMA

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