Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/24

Faltam 7 médicos no concelho e estão sem médico de família 9 mil utentes

Utentes de Porto de Mós manifestam-se contra “dramática falta de médicos” no concelho

Manifestação de utentes do concelho de Porto de Mós

Dezenas de utentes da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Porto de Mós e das extensões de saúde de Alqueidão da Serra e Arrimal e Mendiga, manifestaram-se na manhã de 21 de janeiro contra a falta de médicos no concelho. Segundo Jorge Vala, presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, faltam 7 médicos no concelho e estão sem médico de família cerca de 9 mil utentes, classificando esta situação como “dramática”. Atualmente o Centro de Saúde de Porto de Mós “apenas tem um clínico ao serviço e as respostas tardam”, adiantou o autarca.

Segundo Jorge Vala, “a situação é dramática” ainda mais porque “temos uma população envelhecida e com falta de mobilidade”, considerando que “não é aceitável que as pessoas venham de manhã para marcar lugar para uma consulta aberta às 17h e sem saberem se têm consulta”.

O autarca lamenta a “falta de resposta” do Governo e do Ministério da Saúde, esclarecendo que “única entidade que nos responde é o ACES Pinhal Litoral” que solicitou ao Ministério da Saúde “4 vagas para Porto de Mós” e viu o Ministério “só atribuir um médico”.

Jorge Vala garantiu ao Tinta Fresca que “nós não conseguimos continuar a viver esta situação dramática de falta de médicos e sem respostas”, acrescentando ainda que “os médicos estão cansados e esgotados”.

Em declarações à agência Lusa, Delfina Carvalho, diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Pinhal Litoral, reiterou no mesmo dia em que os populares protestaram contra a falta de médicos em Porto de Mós, que aquela entidade continua “a tentar arranjar médicos para contratar”.

Mónica Alexandre

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