Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/26

Biqueirão e cavala têm sido insuficientes para a carência de isco que se verifica

Organização Regional de Leiria do PCP alerta para a falta de isco para pesca artesanal

Sardinha é o principal isco dos pescadores mas ainda não está disponível

A Direção da Organização Regional de Leiria (DORLEI) do PCP alerta para a grave situação que os segmentos da pesca artesanal que dependem de isco para operar estão a atravessar nos últimos tempos.

Os pescadores dos portos de pesca do distrito de Leiria – Peniche e Nazaré – estão a sofrer grandes impactos decorrentes desta questão. Este problema não se circunscreve apenas a estes dois portos, está a ter efeitos em todos os portos nacionais.

Esta matéria vem agravar a situação já muito penalizada pela escalada dos preços dos combustíveis – sem apoios nem respostas do governo nacional às necessidades do setor.

No concreto, as embarcações que se dedicam particularmente à pesca do palangre de fundo (aparelhos de linhas e anzóis) dirigido a espécies demersais ou bentónicas (espada-preto, goraz, cherne, congro, etc.), bem como as embarcações de pesca local e costeira que utilizam armadilhas gaiola| para a captura do polvo e de outras espécies, deparam-se atualmente com a difícil contingência de não haver isco para seguirem para a faina.

Por outro lado, o pouco isco que chega à primeira venda está a ser licitado a valores incomportáveis para o efeito.

Esta realidade decorre da quase paralisação da pesca do Cerco, com especial incidência em determinadas zonas do país. As embarcações deste segmento que têm operado nos últimos tempos têm feito uma pesca dirigida ao biqueirão no norte do país, e a cavala capturada em outras zonas tem sido insuficiente para a carência de isco que se verifica.

Como é sabido, atravessa-se um período de proibição da pesca dirigida à sardinha que  é um isco de excelência e que abunda nas nossas águas nos tempos que correm, segundo o que é relatado pelos pescadores – daí decorre também a carência identificada, com graves penalizações para empresas e pescadores que têm que ficar “amarrados ao cais” por não terem forma de contornar este grave problema referenciado diversas vezes à tutela nos últimos anos.

A Direção da Organização Regional de Leiria do Partido Comunista Português exige, portanto, que o governo nacional, em estreita articulação com as organizações representativas do setor, encontre rapidamente soluções este problema, assegurando que “soluções existem, basta haver vontade política, diálogo permanente e proximidade ao setor piscatório nacional.”

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