Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/24

Primeiros ucranianos a chegar são 5 mulheres e 5 crianças

Município de Alcobaça prepara-se para receber refugiados no concelho

Reunião da Câmara Municipal de Alcobaça

O Município de Alcobaça está a preparar-se para receber várias famílias de refugiados oriundos da Ucrânia. Segundo informação avançada pelo presidente da Câmara Municipal, Hermínio Rodrigues, na reunião de 14 de março, as primeiras famílias chegam ao concelho no dia 15 de Março, sendo 10 pessoas, 5 mulheres e 5 crianças, que irão ficar alojadas em dois apartamentos que particulares cederam para o efeito. Além destas famílias, o município está a preparar-se para receber na Pousada de Alfeizerão e na Estalagem do Cruzeiro em Aljubarrota, mais refugiados. Só estes dois espaços podem receber perto de 100 pessoas.

Hermínio Rodrigues salientou o trabalho conjunto entre IPSS do concelho, juntas de freguesia, município e Segurança Social, em fazer o levantamento de necessidades em termos de habitação, para saber qual o número de refugiados que o concelho pode acolher, tendo em conta que “ao nível de habitação a cidade, não tem grande oferta, mas nos arredores conseguimos outra resposta”, garantiu.

O autarca informou que o processo está a ter o apoio de “duas senhoras ucranianas no concelho” e que “estamos em contato com elas para quando os refugiados chegarem estarem garantidas as condições para os receber”.

O edil alcobacense revelou ainda já ter no concelho uma família de mãe e filho, tendo a criança já começado a frequentar a escola no Agrupamento de Escolas de Cister e adiantou que “os refugiados que estão a chegar atualmente têm famílias e conhecidos cá, mas nas próximas semanas isso pode deixar de acontecer”, porque “os indicadores que temos é que a guerra se vai prolongar durante mais algum tempo”.

Segundo Hermínio Rodrigues, “o Município tem dois bons espaços para dar uma resposta imediata, a Pousada de Alfeizerão e Estalagem do Cruzeiro, em Aljubarrota”, mas “como não são espaços do município, são do Estado, o município tem de pedir a gestão dos mesmos durante os próximos meses” e “é isso que estamos a fazer”, garantindo que “são espaços dignos, em que conseguimos dar dignidade às pessoas que chegam.”

Assim, o Município irá receber no concelho, já no dia 15 de março, 10 pessoas, 5 mulheres e 5 crianças, que irão ficar alojadas em “dois apartamentos que temos preparados para os receber, porque temos que lhes dar o mínimo de dignidade, se não toda a dignidade possível”, salientou o edil.

Hermínio Rodrigues informou também, que o município está em conversações com a Secretaria de Estado da Habitação e com o Ministério de Educação. O edil reuniu-se no dia 14 de março, com a secretária de Estado da Habitação, para abordar apoios à renda e habitação, tendo em conta que “irá haver um apoio previsto do Estado” mas falta saber “quais os valores”, sendo que “vai haver uma parte que o município terá que comparticipar”.

Em relação às conversações com o Ministério da Educação, Hermínio Rodrigues alertou para “o problema que tem a ver com a entrada das crianças para a escola, sobretudo nas creches, cujas turmas já estão completas. Vamos tentar que se permita alargar em 2 ou 3 crianças cada turma, para as pudermos inserir”, porque “as pessoas que vêm, vêm com vontade de trabalhar e nós temos que lhes dar condições para isso. A maior parte deles traz filhos e esta é uma resposta que temos de lhes dar. É fundamental saber onde vamos colocar as crianças para as mães poderem trabalhar.”

O edil referiu ainda que os empresários do concelho têm mostrado diariamente a “sua disponibilidade em empregar alguns refugiados”, mas ser “fundamental que as pessoas refugiadas se inscrevam no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)”, para que depois possam ter acesso “aos apoios previstos iniciais, para a renda e RSI”.

      Mónica Alexandre

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