Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/19

Marinha Grande

Artur Mateus assume a liderança do Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto

Artur Mateus

Reforçar a cooperação com a indústria e as ligações de cooperação com as entidades do sistema científico e tecnológico nacional e internacional, reforçar a captação de financiamento competitivo na Europa e dinamizar ações que estimulem a criação de valor económico a partir da investigação e da inovação são algumas das prioridades do novo diretor do CDRSP – Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto do Politécnico de Leiria, Artur Mateus, cuja cerimónia de tomada de posse decorreu na terça-feira, dia 5 de julho, no Centro Empresarial da Marinha Grande.

Assumindo até agora o cargo de subdiretor do CDRSP, Artur Mateus afirmou ter ainda como objetivos reforçar a organização interna, as interfaces e os caminhos da informação, e a aposta nos recursos humanos, através da valorização dos atuais e captação de novos, bem como estender e duplicar a capacidade laboratorial instalada e procurar reforçar os veículos da disseminação e informação.

«O CDRSP atingiu já indicadores de desempenho grandes e de excelência, mas temos sempre espaço para melhorar e crescer», afirmou o novo diretor.

«Temos de procurar oportunidades neste tempo de mudança e aproveitá-las de forma sábia em prol da sociedade. No CDRSP vamos estar naturalmente alinhados com os objetivos estratégicos do Politécnico de Leiria no período 2020-2030», assegurou o diretor, reforçando: «Estamos em 2022, pelo que já cumprimos 25% do tempo até 2030. Estamos já a trabalhar para reforçar a competitividade das empresas, quer sejam da nossa rua, da nossa região e de Portugal. É tempo da reindustrialização inteligente, da aposta no reforço da qualificação dos recursos humanos, e tempo de agirmos de forma decisiva em prol da sustentabilidade e da transição verde e digital.»

Artur Mateus assegurou ainda que, em conjunto com a sua equipa, «será feito tudo o que estiver ao alcance para responder aos desafios do futuro». «Vamos olhar com especial atenção para a nossa rua, para as nossas necessidades, para a nossa organização interna e para os desafios, procurando de forma persistente e teimosa as soluções. Mas não vamos ficar apenas na nossa rua. Queremos explorar e procurar novos sistemas produtivos, novos materiais e novas aplicações com vista à internacionalização do conhecimento e à sua valorização competitiva. Vamos procurar as soluções onde elas existirem, noutro Continente ou na nossa imaginação, e vamos implementá-las aqui na nossa rua», afirmou Artur Mateus, que nomeou como subdiretores Florindo Gaspar, da área da Engenharia Civil, e Tatiana Patrício, da Biomecânica.

Nuno Alves, Tatiana Patrício, Rui Pedrosa, Artur Mateus e Florindo Gaspar

Sobre os desafios do futuro, o presidente do Politécnico de Leiria começou por destacar a necessidade de a investigação desenvolvida no CDRSP ter «impacto no território e nas empresas, para que se consigam posicionar melhor nos ecossistemas de inovação nacionais e internacionais e consigam gerar mais riqueza, porque conseguindo gerar mais riqueza, vamos ter mais empregabilidade qualificada e uma sociedade mais justa e mais coesa».

«Deve haver uma relação e ligação cada vez mais importante e efetiva com as nossas escolas e uma interação com outras unidades de investigação, bem como um maior acolhimento de estudantes, seja a fazer estágios ou como bolseiros. Temos ainda os desafios da melhoria da organização e da execução dos projetos, que deve ser cada vez mais eficaz, quer seja na execução física ou na execução financeira», enumerou Rui Pedrosa.

Nas palavras do presidente da instituição, o novo diretor do CDRSP tem ainda como desafios «a nova avaliação das unidades de investigação», «aumentar a massa critica do centro de investigação» e «colocar a unidade de investigação, pela excelência que tem, mais proativa e ativa nos projetos europeus», sendo ainda importante «estar de mãos dadas com o CENTIMFE, os municípios e a OPEN, e estar focado no compromisso para concretizar Parque de Ciência e Tecnologia da Indústria».

Rui Pedrosa agradeceu igualmente o empenho do diretor cessante do CDRSP, Nuno Alves, que concluiu um ciclo de oito anos «relevantes a vários níveis».

«Entrou num momento com alguma turbulência, porque estávamos a sair de uma passagem de uma avaliação de Excelente para uma avaliação de Bom. Foi difícil gerir este momento, mas juntos e com a liderança do Nuno, foi possível reerguer, e reerguer melhor, o CDRSP. Tivemos mais projetos com impacto e conseguimos ter uma estrutura científica que hoje é referência a nível nacional. Conseguimos também ter uma melhoria significativa na organização e equilibrar de forma robusta as contas do CDRSP», enalteceu.

Fazendo um balanço dos oito anos enquanto diretor do CDRSP, Nuno Alves salientou que «hoje, felizmente, podemos afirmar que o CDRSP é um dos melhores centros de investigação do país, tendo a classificação máxima de Excelente e sendo o único centro de investigação com a melhor pontuação nos domínios da engenharia mecânica e sistemas de engenharia, resultado da última avaliação realizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia».

«O CDRSP é muito provavelmente o centro de investigação com melhor rácio “financiamento competitivo versus doutorado integrado”, incluindo as mais variadas fontes de financiamento, e um dos melhores em termos de produtividade científica», referiu o diretor cessante, enaltecendo ainda duas conquistas.

«Aquando da minha primeira tomada de posse como diretor, em 2014, referi a relevância da formação avançada ao nível de doutoramento em duas dimensões. A primeira, em termos da necessidade de apostar nos doutoramentos para os investigadores não doutorados do CDRSP. Atualmente, o CDRSP possui 14 estudantes de doutoramento, sendo que oito têm bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Muitos destes estudantes de doutoramento são orientados por investigadores do CDRSP. Há uns anos isso era impensável. É, felizmente, um novo paradigma.»

«A segunda necessidade passava pelo envolvimento do CDRSP, juntamente com o Politécnico de Leiria, em pelo menos um programa doutoral. Felizmente esse objetivo também se concretizou através do doutoramento em Fabrico Digital Direto para as Indústrias dos Polímeros e Moldes, em conjunto com a Universidade do Minho», concluiu.

    Fonte: Midlandcom

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