Edição: 289

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/12/6

Rui Pedrosa frisou que a ideia de inclusão está na matriz do Politécnico de Leiria

Politécnico de Leiria assina protocolo de cooperação com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal

Cerimónia de assinatura do protocolo

«A ideia de inclusão está na matriz do Politécnico de Leiria, está nos valores da instituição, na prática e na ação, dado que cada vez mais temos projetos de investigação nesta área, alguns desenvolvidos em redes colaborativas internacionais», declarou Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, no âmbito da assinatura de um protocolo de cooperação entre a instituição de Ensino Superior e a ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, firmado esta terça-feira, dia 26 de julho.

«A credibilidade que a ACAPO está a dar ao Politécnico de Leiria, em particular com a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS), é muito relevante e acredito que futuramente vão surgir mais oportunidades para reforçar esta colaboração», reforçou o presidente.

«No Politécnico de Leiria, o pensar a instituição e o ensino para todos, é muito importante nas mais diversas dimensões», assegura Rui Pedrosa, desde os «projetos de inovação social a pensar nos nossos estudantes e na sua integração plena», mas também na área da formação, em particular na ESECS, com «o mestrado em Comunicação Acessível e o mestrado em Educação Especial, e em pós-graduações, como a de Desporto Adaptado».

A nível de projetos, o presidente referiu o 100% In, projeto para a integração de estudantes com necessidades educativas especificas, apoiado pelo Portugal Inovação Social, «que desenvolve várias medidas para a integração destes estudantes, aos quais temos conseguido dar resposta, quer do ponto de vista tecnológico, quer do acompanhamento», mas também o CRID – Centro de Recursos para a Inclusão Digital e o aTOPlab – Assistive Technology and Ocupacional Performance Laboratory, com o objetivo de estudar, avaliar e aconselhar produtos de apoio mais adequados para o desempenho ocupacional de pessoas com limitações funcionais, da Escola Superior de Saúde (ESSLei).

«Nas nossas infraestruturas físicas e tecnológicas, cada vez mais, pensamos em todos», enfatizou Rui Pedrosa. «No ano passado levámos a cabo uma intervenção em diversos espaços para os tornar mais acessíveis do ponto de vista da estrutura, e temos agora mais candidaturas para melhorar as acessibilidades aos edifícios de modo transversal. Temos feito um levantamento destes constrangimentos e temos tentado gradualmente pensar em todos, atendendo igualmente à condição específica das dificuldades das pessoas cegas e ambliopes», assegura.

«Reconhecemos no Politécnico de Leiria esta dimensão nacional e internacional da investigação muito prática e muito virada para a solução de problemas concretos, e esta preocupação, já de há bastante tempo, com as questões da inclusão, não apenas na teoria, mas levadas à prática», afirmou Rodrigo Santos, presidente da Direção Nacional da ACAPO. «É na formação, na capacitação e na investigação que se começam a desenhar efetivamente as soluções, e para nós é uma honra associarmo-nos a um parceiro de referência como o Politécnico de Leiria, com uma intervenção particularmente relevante no caso das pessoas cegas e com baixa visão», considerando que, «é incluindo esta preocupação na sua atuação transversal que o Politécnico de Leiria tem feito a diferença».

Na sua intervenção, o presidente da Direção Nacional da ACAPO destacou que «tem havido investigações e teses desenvolvidas no âmbito do mestrado em Comunicação Acessível e noutras investigações que têm ocorrido no Politécnico de Leiria que têm, efetivamente, ajudado a sustentar posições e a contribuir para assumirmos, cada vez mais, a liderança de todos os processos nas nossas vidas».

Rodrigo Santos manifestou ser «uma honra associarmo-nos a esta estrutura de crescimento que o Politécnico de Leiria tem evidenciado», seguro de que a colaboração agora formalizada «trará várias vantagens a ambas as partes melhorando muito o contexto em que é feita toda a investigação com a temática da inclusão, não esquecendo que as pessoas com deficiência são elas próprias peças centrais no processo de investigação».

Em concordância, Pedro Morouço, diretor da ESECS, defendeu que «o mestrado em Comunicação Acessível tem sido muito disruptivo e será cada vez mais, precisamente, por estas sinergias e por uma aplicação real daquilo que pode ser útil à sociedade».

Pedro Morouço referiu ainda que «esta preocupação em estarmos atentos às necessidades da sociedade fez com que avançássemos com uma pós-graduação na área do desporto adaptado, que tem sido dada como exemplo pelo Comité Olímpico de Portugal e por comités olímpicos de outros países que começam agora a ouvir falar do nosso trabalho».

    Fonte: Midlandcom

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