Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/25

Município de Santarém, Associação de Agricultores do Ribatejo e Casa do Azeite organizaram discussão sobre o Futuro do Olival e do Azeite no Ribatejo

Bagaço da azeitona vai produzir fertilizante orgânico e óleos e proteínas para ração animal

Oradores do debate sobre o Futuro do Olival e do Azeite no Ribatejo

O Futuro do Olival e do Azeite no Ribatejo esteve em debate na manhã do dia 9 de fevereiro no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém.

Nuno Russo, vereador da Câmara Municipal de Santarém (CMS) com o pelouro da agricultura, participou neste debate para falar do “Apoio ao Desenvolvimento Agrícola no Concelho”, uma vez que Santarém é caracterizada por uma forte atividade do setor, de relevante importância agrícola.

O vereador referiu ser “necessário e fundamental conhecer melhor o setor olivícola, que se encontra em crescente dinâmica, profissionalismo e modernidade, o que leva a ter cada vez mais um peso económico significativo. Contudo devemos identificar os problemas e oportunidades para valorizar a azeitona e o azeite, promovendo e divulgando ideias e experiências”.

Na sessão de abertura, que contou com a presença de Manuel Valamatos, presidente da Câmara Municipal de Abrantes e Rui Hipólito, diretor regional adjunto da Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, Susana Sassetti, secretária-geral da Associação dos Agricultores do Ribatejo (AAR), na sua exposição, apresentou o estado em que se encontra o setor do olival e do azeite no Ribatejo, a sua evolução e concluiu não existirem dados fiáveis sobre o mesmo, de maneira a caracterizar a realidade da região, e a poderem ser fundamentadas as soluções mais adequadas.

Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite, abordou o tema da futura Associação Interprofissional da Fileira Oleícola (AIFO), entidade que pretende ser uma base para o desenvolvimento nacional deste setor.

Esta iniciativa teve como objetivos ouvir os produtores e as entidades ligadas à olivicultura e ao azeite, promovendo o debate sobre o setor no Ribatejo, a sua evolução e o seu desenvolvimento futuro, quais as áreas a desenvolver, o futuro do olival tradicional, as perspetivas e necessidades do olival intensivo, o futuro da DOP – Denominação de Origem Protegida Azeites do Ribatejo, necessidade do reconhecimento de uma IGP – Indicação Geográfica Protegida e do reconhecimento de uma Organização de Produtores no Ribatejo.

Neste evento foram também apresentados dois projetos inovadores de apoio ao setor e aos olivicultores da região.

Um dos projetos, liderado pelo Instituto Superior de Agronomia, o OIL4MED, apresentado por Henrique Ribeiro, tem como objetivo construir uma plataforma WEB colaborativa inteligente, destinada a apoiar pequenos olivicultores, de modo a dar-lhes uma maior visibilidade, melhorar a sua rentabilidade e garantir confiança e transparência na comercialização dos seus produtos.

O segundo projeto – Olival Circular – foi apresentado por Gonçalo Cunha Ferreira, da empresa Entogreen, e que se foca na transformação de um subproduto do olival, o bagaço da azeitona, em fertilizante orgânico para os solos e em óleos e proteínas para a alimentação animal. Trata-se de um projeto totalmente inovador e que irá dar resposta a uma lacuna do setor, do tratamento do bagaço, que com o aumento da produção do azeite deixou de ter capacidade de escoamento na realidade nacional.

Deste debate resultou a proposta da criação de um grupo de trabalho, para o acompanhamento deste setor e das necessidades do mesmo, tendo ficado decidido a assinatura de um

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