Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/20

Decisão do ministro da Saúde foi divulgada pelo presidente da Câmara das Caldas

Assembleia Municipal de Torres Vedras contesta adiamento da localização do hospital do Oeste

Paços do Concelho de Torres Vedras

A Assembleia Municipal de Torres Vedras, na sua Sessão Ordinária de 28 de fevereiro de 2023, exigiu uma tomada de decisão sobre a localização e tipologia para o novo hospital do Oeste, lamentando, profundamente, um adiamento publicitado pelo presidente da Câmara das Caldas da Rainha por um mês, da tomada de decisão do ministro da Saúde, que publicamente assumiu a data de 31 de março, sobre a localização e tipologia para o novo hospital do Oeste.

Para os autarcas, “é deveras ingrato e revoltante, por já ser incompreensível para todos os torrienses, estarmos mais uma vez à espera duma decisão, quando o Oeste há muito que necessita de um hospital de “fim de linha”, equiparado e integrado na rede hospitalar circundante: Loures, Leiria e Santarém.

A moção, subscrita pelo presidente da Assembleia Municipal, José Manuel Correia, e por todos os Líderes de todos os Grupos Municipais, Rui Prudêncio, Luís Carlos Lopes, Jorge Santos, Francisco Corvelo, Pedro Castelo, Renato Monteiro e Carlos Filipe, defende que “agora já só devíamos estar focados e a lutar pelos investimentos necessários nos hospitais que compõem o atual Centro Hospitalar do Oeste, para que juntos com o novo hospital se transformem numa rede de cuidados de saúde hospitalares de última geração.

Por outro lado, “é a construção desta rede de cuidados de saúde hospitalares, em interação com outros serviços de saúde, que promove e salvaguarda a saúde dos oestinos e não unidades hospitalares de base concelhia ou sub-regionais, que naturalmente não se justificam, nem poderão possuir todas as valências de um hospital de fim de linha.”

Assim, manifestam o “mais expressivo repúdio pela incoerência politica manifestada neste final de processo – já de si tão longo, penoso e sofrido para as Gentes do Oeste -, que os atuais responsáveis políticos das Câmaras de Óbidos e das Caldas da Rainha estão a demonstrar. E estão a fazê-lo com base em pressupostos demagógicos, irreais e de grande falta de respeito por muitos, nomeadamente pelas outras “Terras e Gentes” dos outros Concelhos do Oeste. Também não estão a defender os seus munícipes, tão só os seus efémeros e fúteis interesses eleitorais.”

Nesse sentido, esperam, muito sinceramente, que “os comportamentos dos atuais representantes políticos das Caldas da Rainha e de Óbidos não tragam ainda maiores custos a todo este processo”, ressalvando que “tragam ou não, desde já ficámos, muito bem, a saber o que podemos contar dos mesmos.”

A Moção afirma que”a cidade e o concelho de Torres Vedras, através dos seus representantes políticos, em unanimidade nesta Assembleia Municipal, com o apoio expresso e unânime de todo o Executivo Municipal, reiteram a sua solidariedade e fraternidade com todos os Oestinos. Nós não reclamamos, quando até, muito mais do que todos, o podíamos fazer, que o novo hospital aqui fosse construído. Não, nunca serão os Torrienses a prejudicar os Oestinos, pois sabemos que se hoje o Concelho é, incomparavelmente, o maior e mais importante espaço demográfico, económico, educativo e cultural da região, também muito se deve ao nosso Oeste.”

Neste contexto, a Assembleia Municipal de Torres Vedras propõe que não se adie mais nenhuma vez a tomada de decisão sobre a localização e tipologia para o novo hospital do Oeste e que esta decisão respeite os consensos havidos nos diferentes Órgãos da OesteCim, ao longo de todo o processo realizado para se sustentar o local e tipologia de construção do novo hospital do Oeste.

Propõe ainda que a localização do novo hospital seja, obrigatoriamente e geograficamente, central na região, para que os tempos de acesso pelas populações que serve sejam os mais equitativos possíveis, como é proposto no estudo que foi realizado por uma entidade mais que credível e acima de qualquer suspeita.

Por fim, informam que esta Moção seja enviada às Autoridades de Saúde concelhias, mais às regionais e nacionais com responsabilidades diretas neste processo, à Assembleia Intermunicipal do Oeste e a todas as Assembleias Municipais e Camaras Municipais integrantes da OesteCim, bem como a órgãos de comunicação social, concelhios, regionais e nacionais.

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