Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/24

DGPC aposta na acessibilidade e inclusão

Maquetes de interpretação do património cultural acessíveis ao público em Museus, Monumentos e Palácios da DGPC

Mosteiro da Batalha

A partir de maio, os visitantes do Convento de Cristo, Mosteiro de Alcobaça, Mosteiro da Batalha, Palácio Nacional de Mafra, monumentos classificados como Património Mundial e ainda do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, terão à disposição maquetes volumétricas dos edifícios e réplicas e pormenores construtivos e decorativos, que poderão tocar e melhor apreender.

As maquetes volumétricas destes edifícios históricos e a reprodução de elementos construtivos e decorativos, de que são exemplo a janela Manuelina do Convento de Cristo, ou os túmulos do Mosteiro de Alcobaça, são materiais tácteis que foram produzidos para melhor poderem ser interpretados no decurso dos percursos expositivos, tornando desta forma o património mundial acessível a todos.

Este projeto de acessibilidade e inclusão foi pensado pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) para permitir a todos os visitantes destes monumentos uma melhor compreensão dos espaços e, simultaneamente, responder às necessidades de pessoas com deficiência visual (cegas ou com baixa visão).

Do ponto de vista técnico-científico, e com o apoio da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, o desenvolvimento deste projeto envolveu várias fases, nomeadamente, levantamentos digitais dos edifícios e pormenores construtivos/decorativos, a criação de modelos digitais 3D, a impressão 3D das
maquetes (validadas por um grupo consultivo da ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal), a criação e execução de mesas de suporte, a elaboração de textos sobre as peças táteis com tradução em inglês e braille e a criação e produção de vídeos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa, legendagem e áudio
disponíveis através de QRcodes aplicados nas mesas.

As mesas que suportam as maquetes foram projetadas para serem acedidas por todos, dado que permitem a aproximação frontal e lateral de pessoas em cadeira de rodas, bem como o alcance por parte de crianças e de pessoas com baixa estatura.

Este projeto inclui ainda uma componente de sinalética direcional visual de alto contraste para orientar os visitantes nos percursos acessíveis em cada um dos edifícios indicados, que está a ser desenvolvida.

As duas componentes inserem-se num projeto de “Comunicação Acessível e Inclusiva” apoiado pelo Turismo de Portugal, numa candidatura da Direção-Geral do Património Cultural ao “Programa Valorizar”, linha de apoio ao Turismo acessível – All for All, com um investimento de cerca de 159.000 euros.

Pretende-se que este projeto possa vir a ser alargado a todos os Museus, Monumentos e Palácios afetos à DGPC, tendo como objetivo a aposta numa maior acessibilidade, e um reforço da inclusão, medidas que também se inserem na Estratégia Nacional para a Inclusão da Pessoas com Deficiência 2021-2025, coordenada pela Direção Geral do
Património Cultural.

      Fonte: AI|DGPC

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