Edição: 293

Diretor: Mário Lopes

Data: 2025/4/19

Projeto já foi delimitado e visa criar novas oportunidades para o Médio Tejo

Zona Livre Tecnológica de Abrantes vai mitigar impactos do fecho da central a carvão do Pego

Central Termoelétrica no Pego

Foi publicada esta quarta-feira, 4 de fevereiro, em Diário da República, a portaria que define a delimitação geográfica da Zona Livre Tecnológica (ZLT) de Abrantes, resultante da proposta conjunta apresentada pela Câmara Municipal de Abrantes e pela Direção-Geral de Energia e Geologia, em colaboração com a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.

Centrada nas energias renováveis, a ZLT de Abrantes abrange três zonas estratégicas: a primeira é localizada no TAGUSVALLEY – Parque de Ciência e Tecnologia, orientada para a inovação tecnológica.

A segunda é na zona norte do concelho, coincidente com a Zona de Intervenção Florestal (ZIF) de Aldeia do Mato, dedicada à valorização da biomassa e reordenamento florestal.

Por fim, a terceira cobre toda a zona sul do concelho, com exceção da área de servidão militar de Santa Margarida, com um papel central no desenvolvimento de projetos de transição energética, incluindo o antigo perímetro da Central do Pego.

Destaque-se que, no âmbito do Fundo de Transição Justa, será submetida uma candidatura de apoio à construção da futura Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, que se instalará no TAGUSVALLEY – Parque de Ciência e Tecnologia. Este investimento, na ordem dos 6,5 milhões de euros, será concretizado como reforço do ecossistema de inovação e empreendedorismo existente, lado a lado com organizações, empresas e ensino superior que impulsionam a competitividade económica regional.

Na prática, estas zonas têm como objetivo promover o estabelecimento de projetos de investigação, desenvolvimento e inovação para a produção, armazenamento e autoconsumo de energia elétrica a partir de energias renováveis, bem como de outros vetores energéticos renováveis como a biomassa.

A ZLT de Abrantes integra-se no processo de transição justa em curso, na sequência do encerramento da central termoelétrica a carvão do Pego, em 2021, pretendendo contribuir para a diversificação, modernização e reconversão da economia da região.

Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, considera que a Zona Livre Tecnológica de Abrantes “é mais uma resposta concreta aos impactos económicos e sociais que surgiram pelo encerramento da central termoelétrica a carvão do Pego, promovendo o desenvolvimento sustentável e a criação de emprego qualificado, essenciais para construir novas oportunidades para o futuro de Abrantes e da nossa região”.

O autarca sublinha ainda que “Abrantes passa a dispor de um polo extraordinário de atração para empresas nacionais e internacionais, reforçando o posicionamento do Médio Tejo como um território de referência no setor das energias renováveis.'”

Recorde-se que, em 2022 a Endesa venceu o concurso para atribuição do ponto de injeção da central do Pego, que instalará em Abrantes um novo projeto de energias renováveis – solar, eólica e hidrogénio verde, num investimento de 700 milhões de euros, enquanto o Fundo de Transição Justa dispõe de 65 milhões de euros para apoiar projetos na região do Médio Tejo, no âmbito do encerramento da central a carvão do Pego.

    Fonte: DC|CMA

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