Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/27

Em causa a requalificação da Moagem Maria Celeste e Casa Poeta Ruy Belo

Vereadores do PS acusam Câmara de Rio Maior de perder 4,3 milhões de euros em obras paradas

Miguel Paulo e Susana Gaspar

No dia 30 de novembro, os vereadores do PS de Rio Maior votaram contra, e com votos de vencidos, a proposta de Ratificação do Despacho nº 84/2023, de 27 de novembro, do presidente da Câmara de Rio Maior, que resolve o Contrato de Empreitada da Requalificação da Moagem Maria Celeste. Desde 2021, os vereadores socialistas têm vindo a alertar para os sistemáticos atrasos e falhas desta obra, e de outra similar, a Casa Poeta Ruy Belo, em São João da Ribeira.

“Sugerimos acautelar a resolução dos Contratos, por incumprimento, mais cedo, e foi desvalorizada a nossa opinião (e até ridicularizada). Pedimos documentos sobre o andamento das obras, que nunca chegaram, e somos agora confrontados, uma vez mais, com uma resolução de Contrato, por Despacho”, relatam Miguel Paulo e Susana Gaspar.

Só na Moagem Maria Celeste, o Município perderá cerca de 2 milhões de euros deste Quadro Comunitário de Apoio (2020) e irá comprometer outro tanto para o próximo Quadro 2030, alertam.

Moagem Maria Celeste

“Com a soma das perdas na empreitada da Casa Ruy Belo, que teve o mesmo Empreiteiro e seguiu a “mesma sorte”, o Município, entre perdas e comprometimento de Fundos, relançamento de empreitadas e adaptação de projetos, agravamento de preços, perderá cerca de 4,3 milhões de euros”, referem os vereadores do PS, que classificam estes desenvolvimentos como “má gestão, facilitismo e falta de planeamento.”

“Na obra da Casa Ruy Belo, o empreiteiro foi eximido de toda e qualquer responsabilidade presente e futura pelo Despacho do presidente da Câmara, o qual ainda hoje não percebemos o alcance. Ainda com esta situação por esclarecer, temos agora em relação à obra da Moagem e novamente por Despacho, a Resolução de mais um Contrato”, lamentam.

Miguel Paulo e Susana Gaspar asseguram, por isso, que não deixarão que aqui suceda o mesmo. “Perder 4,3 milhões de euros assim é ruinoso para o Município”, concluem.

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